Estava eu em Sampa, num momento bem delicado de minha vida. Meu pai passava pela última operação na tentativa de retirada de mais um câncer. O momento era crítico, porém algo me dizia que tudo aquilo passaria, que de alguma forma, as coisas se resolveriam e eu meditava muito para que esta resolução fosse ao rumo de meus pedidos: A Cura de meu Pai.
Minha mãe passava por um surto nervoso, detonado pelo medo de perder meu pai, que acabou resultando hoje em uma perda de sua memória recente, mas creio eu, que embora cruel à primeira vista, este foi o destino que a salvou de algo pior.
Tentava junto às minhas filhas entender a situação e como todo mundo quando fica encurralado de frente a um muro eu perguntava: Por que!!!!????
Nestes momentos coisas mágicas acontecem, que costumo dizer que são “telegramas plasmados da galerinha de lá de cima” Momentos, mensagens, situações que nos fazem realmente sacar que não estamos sozinhos, tenho certeza de que muitos de vocês amigos e amigas, quando lerem esta frase se lembrarão de algo que aconteceu como “caídos dos céus” .....
O Cosmos, Deus, Alá, ou seja lá como chamamos o objeto de nossa fé, com certeza nos responde.... Por vezes os sinais são como Outdoors em uma via expressa. Rs...passamos por eles, eles são enormes!!!! Mas nossa pressa deixa somente alguns segundos para notarmos a mensagem ou apenas passarmos batido.
Você deve se perguntar no momento, o que o título tem a ver com esta situação. Bem Alma Linda, eu precisava situar mais ou menos o que se passava para que você entendesse o quanto esta frase é verdadeira.
“Fazer o bem... faz bem!”
Era e ainda é impressionante a força de meu pai, o modo positivo com que ele leva em sua vida a palavra “Câncer” ... Sem se deixar levar pelo medo, sem se deixar influenciar pela cara das pessoas quando sabem e lhe dão uma sentença de morte logo em seguida.Ele não esmorece, não desiste e diz sempre que morrerá quando quiser e da maneira que quiser, e que nada no mundo o fará derrubar.
Perguntei na véspera da cirurgia, de onde vinha aquela força, já que meu pai nunca foi um homem extremamente religioso... De fé sim e muita , mas nunca foi ligado a uma religião especificamente.
Ele me disse... que tinha fé no caminho dele, que sempre se ocupava em fazer o bem às pessoas e andar com o coração aberto e que certamente fazer o bem, fazia bem a ele e lhe dava confiança de que tudo sairia bem!
Exemplo disso: no hospital, internado numa ala onde haviam casos e casos graves, meu pai se ocupava em falar com os colegas de quarto, em contar piadas a eles, aos médicos e enfermeiras, a ver quem precisava de uma palavra amiga, pois era o que ele poderia dar naquele momento.
Também instalou uma rede de contravenção: levando a família a contrabandear esfirras e coxinhas para dentro do hospital... bem claro para ele comer rs. Resultado, fazia amigos e seu quarto no hospital era concorridíssimo e suas passeadas pelos corredores eram sempre agitadas.
Bem .... alma linda..Fiquei com aquela frase na cabeça e fomos todos para a operação....mais de seis horas de espera, muitas delas meditando, rezando e cuidando de minha mãe que tentava entender o que estava acontecendo. De certo modo a força dela estaria toda para deixá-la alerta para depois conseguir se recuperar.
Soubemos que a cirurgia tinha ocorrido bem, embora muito complicada, o resultado foi bom. Tempos depois fomos alertados para irmos à UTI para uma primeira visita, mas segundo os médicos, todos naquela UTI estavam sedados, pelo grave estado de sua recuperação.
Então nos preparamos, e conseguimos eu, minhas filhas e minha mãe entrar mos juntas, pé ante pé, com muito cuidado para ver meu pai e de qualquer maneira ajudá-la e dar força para ela entender a situação.
De fato, a UTI era exatamente o que o médico narrara, porém, quando avançamos mais um pouco, uma leve conversa foi notada e estava esperando para ver meu pai, quando uma enfermeira disse: “a senhora é filha de seu Villa-Lobos? E a senhora a esposa? Vocês são netas dele?” dissemos que sim , e ela abriu um sorriso e disse, que bom que vieram pois assim podemos parar de rir e deixar os outros pacientes descansarem, seu pai acordou da anestesia sem sabermos como, já conversando, perguntando por vocês e em duas horas já é amigo de todos por aqui. Este homem não para quieto!”
Claro... um sorriso de alívio e de graças às preces atendidas. Entrei para o local onde meu pai estava ... e o vi batendo papo com uma senhora, esposa do paciente ao lado, que estava em estado grave, levando com certeza um pouco de boas palavras ao coração dela. Fiquei com ele, fui apresentada aos médicos, enfim todos como a filha cantora rsrs.
Depois do alívio fomos para a casa de meus pais, resolvi naquela tarde sair para tomar ar, para caminhar e meditar agradecendo, foi quando me deparei com uma camiseta na vitrine de uma loja com a seguinte Frase:
Fazer o bem ... faz Bem!
Claro... clarooo.... comprei imediatamente a camiseta e ela me acompanha até hoje, pois foi um sinal... a resposta ... de que meu pai ainda teria uns bons anos pela frente. E bem ... ele ainda está por aqui, vivo, alegre e forte e sendo estudado por médicos que querem entender como ele não sente dores, não tem efeitos colaterais e sai, por exemplo, de uma sessão de quimioterapia e vai passear com minha mãe em um shopping para curtir a vida.
Alma linda! fazer o bem, faz bem! Veja só uma parte de uma pesquisa sobre este assunto divulgada no seal.org.br
“...Dois neurologistas brasileiros, atualmente trabalhando no Rio de Janeiro, mas que há algum tempo desenvolviam pesquisas nos Estados Unidos – Dr. Ricardo de Oliveira Souza e Dr. Jorge Moll Neto –, realizaram um experimento bastante interessante, tentando descobrir o que acontece no cérebro de quem se dispõe a ajudar o próximo.
Do ponto de vista metodológico, o experimento consistiu, basicamente, em submeter 19 voluntários, estudantes universitários, a exames de ressonância magnética funcional enquanto realizavam uma tarefa determinada pelos pesquisadores. Antes do exame, os voluntários receberam U$128,00 e a explicação que essa quantia poderia ser doada a determinadas instituições beneficentes apoiadas pelo Fundo das Nações Unidas, e que o saldo (ou todo o dinheiro, caso quisessem), poderia ser embolsado pelo participante. Em seguida, receberam explicações sobre as ações desenvolvidas pelas referidas instituições.
Durante o exame, em intervalos de sete segundos, em um telão eram projetados os nomes dessas instituições (40, ao todo) e os voluntários teriam que decidir se queriam fazer doações no valor de cinco dólares para cada uma delas ou ficar com o dinheiro.
Os resultados mostraram uma intensa ativação do sistema de recompensa do cérebro sempre que o voluntário decidia reter o dinheiro para si. Ou seja, ganhar dinheiro gera prazer. Um dado inesperado, no entanto, surgiu quando se observou os exames dos que resolveram fazer doações para as referidas instituições. Além do sistema de recompensa, outra área do cérebro também fora ativada, o córtex pré-frontal, no qual se situam os sentimentos de empatia e que entra em ação quando nos ligamos afetivamente a alguém ou quando praticamos uma caridade.
Ou seja, o ato de doar gerou prazer e esse veio acompanhado de um sentimento de solidariedade para com aquelas pessoas atendidas pelas instituições beneficentes.Esse resultado permitiu aos pesquisadores inferirem que fazer o bem traz sensações prazerosas àquele que o faz, sensação acrescida de um sentimento positivo: a empatia para com o beneficiado. Ou seja, há uma recompensa ao praticar o bem.
O corpo confere, através de mecanismos internos automáticos, um prêmio àquele que o praticou. “Ganha quem recebe e ganha quem pratica o bem..."
Não importa como vc faça o bem, se é uma doação, uma palavra amiga, meditar, rezar, orar pelas pessoas, agir... fazer sua parte para que o mundo se torne melhor , indo totalmente contra aquele ditado que uma andorinha não faz verão.
Se acredito em minhas ideologias e batalho por elas, se batalho pelo planeta, enfim ..Simplesmente fazer o bem porque é bom! Porque estamos aqui para fazer a diferença!
FAZER O BEM FAZ BEM!
Uma doce homenagem a meus amigos e Pais e heróis
Olga e Villa