quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FAZER O BEM FAZ BEM!

      Estava eu em Sampa, num momento bem delicado de minha vida. Meu pai passava pela última operação na tentativa de retirada de mais um câncer. O momento era crítico, porém algo me dizia que tudo aquilo passaria, que de alguma forma, as coisas se resolveriam e eu meditava muito para que esta resolução fosse ao rumo de meus pedidos: A Cura de meu Pai.

      Minha mãe passava por um surto nervoso, detonado pelo medo de perder meu pai, que acabou resultando hoje em uma perda de sua memória recente, mas creio eu, que embora cruel à primeira vista, este foi o destino que a salvou de algo pior.

      Tentava junto às minhas filhas entender a situação e como todo mundo quando fica encurralado de frente a um muro eu perguntava:  Por que!!!!????



     Nestes momentos  coisas mágicas acontecem, que costumo dizer que são  “telegramas plasmados  da galerinha de lá de cima”  Momentos, mensagens, situações que nos fazem realmente sacar que não estamos sozinhos, tenho certeza de que muitos de vocês  amigos e amigas, quando lerem esta frase se lembrarão de algo que aconteceu como  “caídos  dos céus”  ..... 




     O Cosmos, Deus, Alá, ou seja  lá como chamamos  o objeto de nossa fé, com certeza nos responde.... Por  vezes  os sinais  são como Outdoors  em uma via expressa. Rs...passamos por eles, eles são enormes!!!!  Mas  nossa pressa  deixa  somente alguns segundos para  notarmos a mensagem  ou apenas  passarmos batido.


      Você deve se perguntar no momento, o que o título tem a ver com esta  situação.  Bem Alma Linda,  eu precisava  situar  mais ou menos o que se passava para que você entendesse o quanto esta frase é verdadeira.

“Fazer o bem... faz bem!”

      Era e ainda é  impressionante a força de meu pai, o modo positivo com  que ele  leva em sua vida a palavra “Câncer” ... Sem se deixar levar pelo medo,  sem  se deixar influenciar pela cara das pessoas quando sabem e lhe dão uma sentença de morte logo em seguida.Ele não esmorece, não desiste e diz sempre que morrerá quando quiser e da maneira que quiser,  e que nada  no mundo o fará derrubar.

      Perguntei na véspera da  cirurgia, de onde vinha aquela força, já que meu  pai nunca foi um homem extremamente religioso... De fé sim e muita ,  mas nunca foi ligado a uma religião especificamente.

      Ele me disse... que  tinha fé no caminho dele, que sempre se ocupava em fazer o bem às pessoas e andar com o coração aberto e  que certamente fazer o  bem, fazia bem a ele e lhe dava confiança de que tudo sairia bem!

      Exemplo disso: no hospital, internado numa ala onde haviam casos e casos  graves, meu pai se ocupava em falar com os colegas de quarto, em contar  piadas a eles, aos médicos e enfermeiras, a ver quem precisava de uma  palavra  amiga, pois  era o que ele poderia dar naquele momento.

      Também instalou uma rede de contravenção: levando a família a contrabandear esfirras e coxinhas para dentro do hospital... bem claro  para ele comer  rs. Resultado, fazia amigos e seu quarto no hospital era concorridíssimo  e suas passeadas  pelos corredores  eram sempre agitadas.

      Bem  .... alma linda..Fiquei com  aquela frase na cabeça e  fomos todos  para a operação....mais de seis horas de espera, muitas delas meditando, rezando  e cuidando de minha mãe  que tentava entender  o que estava acontecendo.  De certo modo a força  dela  estaria   toda para  deixá-la alerta para depois conseguir se  recuperar.

      Soubemos que a cirurgia  tinha  ocorrido  bem, embora muito complicada, o resultado foi bom. Tempos depois fomos alertados para irmos à UTI  para uma primeira visita, mas segundo os médicos, todos  naquela UTI   estavam sedados, pelo grave estado de sua  recuperação.

      Então nos preparamos, e conseguimos  eu, minhas filhas e minha mãe  entrar mos juntas, pé ante pé,  com muito cuidado  para ver  meu pai e  de qualquer  maneira ajudá-la  e dar força para ela  entender  a situação.

      De fato, a UTI  era  exatamente o  que o médico narrara, porém, quando  avançamos  mais um pouco, uma leve conversa foi notada e  estava esperando  para ver  meu pai, quando uma enfermeira disse:   “a senhora é filha de  seu Villa-Lobos?  E a senhora a esposa?  Vocês são netas dele?”  dissemos que sim ,  e ela  abriu um sorriso  e disse, que bom que vieram pois assim podemos parar de rir e deixar os outros pacientes descansarem, seu pai acordou da anestesia  sem sabermos como, já  conversando, perguntando por vocês e  em duas  horas  já é amigo de todos  por  aqui. Este homem não para  quieto!”  

      Claro... um sorriso de alívio  e de graças às preces atendidas. Entrei para o local onde meu pai estava ... e  o  vi   batendo  papo com uma senhora, esposa do paciente ao lado, que estava em estado grave, levando com certeza um pouco de  boas palavras ao coração dela. Fiquei com ele, fui apresentada aos médicos, enfim todos como  a filha cantora rsrs.

      Depois do alívio fomos para a casa de meus pais, resolvi  naquela  tarde sair para tomar  ar, para caminhar  e meditar agradecendo, foi quando me deparei  com uma camiseta na vitrine de uma loja  com  a seguinte  Frase:

Fazer o bem ... faz Bem!

      Claro...  clarooo....  comprei imediatamente a camiseta e ela  me acompanha até  hoje, pois  foi  um sinal... a resposta ...  de  que  meu pai  ainda teria  uns  bons anos pela frente.  E  bem ... ele  ainda está por aqui,  vivo, alegre e forte e  sendo estudado  por médicos que querem  entender  como  ele não sente dores, não tem efeitos colaterais e sai, por  exemplo, de uma  sessão de  quimioterapia  e   vai passear  com minha  mãe  em um shopping para curtir  a vida.

      Alma linda!  fazer o bem,  faz bem! Veja só uma parte de uma pesquisa   sobre este assunto  divulgada no seal.org.br

“...Dois neurologistas brasileiros, atualmente trabalhando no Rio de Janeiro, mas que há algum tempo desenvolviam pesquisas nos Estados Unidos – Dr. Ricardo de Oliveira Souza e Dr. Jorge Moll Neto –, realizaram um experimento bastante interessante, tentando descobrir o que acontece no cérebro de quem se dispõe a ajudar o próximo.
 Do ponto de vista metodológico, o experimento consistiu, basicamente, em submeter 19 voluntários, estudantes universitários, a exames de ressonância magnética funcional enquanto realizavam uma tarefa determinada pelos pesquisadores. Antes do exame, os voluntários receberam U$128,00 e a explicação que essa quantia poderia ser doada a determinadas instituições beneficentes apoiadas pelo Fundo das Nações Unidas, e que o saldo (ou todo o dinheiro, caso quisessem), poderia ser embolsado pelo participante. Em seguida, receberam explicações sobre as ações desenvolvidas pelas referidas instituições.
Durante o exame, em intervalos de sete segundos, em um telão eram projetados os nomes dessas instituições (40, ao todo) e os voluntários teriam que decidir se queriam fazer doações no valor de cinco dólares para cada uma delas ou ficar com o dinheiro.
Os resultados mostraram uma intensa ativação do sistema de recompensa do cérebro sempre que o voluntário decidia reter o dinheiro para si. Ou seja, ganhar dinheiro gera prazer. Um dado inesperado, no entanto, surgiu quando se observou os exames dos que resolveram fazer  doações para as referidas instituições. Além do sistema de recompensa, outra área do cérebro também fora ativada, o córtex pré-frontal, no qual se situam os sentimentos de empatia e que entra em ação quando nos ligamos afetivamente a alguém ou quando praticamos uma caridade.



Ou seja, o ato de doar gerou prazer e esse veio acompanhado de um sentimento de solidariedade para com aquelas pessoas atendidas pelas instituições beneficentes.Esse resultado permitiu aos pesquisadores inferirem que fazer o bem traz sensações prazerosas àquele que o faz, sensação acrescida de um sentimento positivo: a empatia para com o beneficiado. Ou seja, há uma recompensa ao praticar o bem.
O corpo confere, através de mecanismos internos automáticos, um prêmio àquele que o praticou. “Ganha quem recebe e ganha quem pratica o bem..."




      Não  importa como  vc  faça o bem,  se é uma doação, uma palavra amiga,  meditar, rezar, orar pelas  pessoas,  agir... fazer sua parte para que o mundo se torne melhor , indo totalmente  contra aquele ditado que uma andorinha  não  faz  verão. 
Se acredito em minhas  ideologias e batalho por elas,  se batalho pelo planeta,  enfim ..Simplesmente fazer o bem  porque  é  bom!  Porque  estamos  aqui para fazer a diferença!


FAZER O BEM FAZ BEM!


Uma  doce homenagem a meus  amigos e Pais   e heróis
Olga e Villa

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